O hediondo massacre de Corumbiara nos enche de indignação e revolta doze anos após o covarde ataque aos trabalhadores rurais acampados na Fazenda Santa Elina, na madrugada de 9 de agosto de 1995 no Estado de Rondônia.
No dia 16.07.2007, esses dois trabalhadores salvos do massacre por julgarem-nos mortos, jogado que foram em um caminhão basculante juntos com os cadáveres tombados no horripilante cenário, tiveram prisão decretada pelo Supremo Tribunal Federal. São eles Cícero Pereira Leite Neto e Claudemir Gilberto Ramos.
Em 08 de novembro de 2007 o trabalhador Cícero Pereira Leite foi preso em Rondônia e Claudemir G Ramos se encontra em lugar ignorado. Claudemir teme por sua vida, pois fora, por duas vezes, ameaçado de morte quando reagia aos ferimentos no hospital em dera entrada no ato do massacre.
A triste história dessa ação criminosa por parte de pistoleiros, jagunças, fazendeiros, policiais sem identificação oficial, grileiros e afins, é conhecida pela sociedade brasileira e na comunidade internacional.
Fato é que a Organização dos Estados Americanos – OEA, da qual o Brasil é o primeiro signatário já se pronunciou e recomendou a anulação do processo contra os trabalhadores sem terra e pede o pagamento indenizatório que julga merecedores vítimas e familiares dos que foram prejudicados, torturados, mortos no confronto desigual, injusto, covarde, inadmissível em qualquer parte do mundo.
Este grupo de pessoas que se organiza em conjunto com o Comitê Nacional de Solidariedade ao Movimento Camponês Corumbiara, para encontrar saídas para o companheiro Claudemir e Cícero é solidário buscando protegê-los contra o que julga ser uma condenação injusta decretada pelo Supremo Tribunal Federal, visto por em risco a vida de ambos. Juntos, pleiteamos também manifestação, apoio, suporte e empenho das instituições democráticas e órgãos governamentais, Secretarias ligadas aos Direitos Humanos para com os companheiros Claudemir Gilberto Ramos e Cícero Pereira Leite Neto, na solicitação de revisão processual encaminhado ao Tribunal de Justiça de Rondônia em 20.12.2007 sob Protocolo nº 2000002007 0132542, que reivindica a anulação da sentença prisional.
São também solidários: o Grupo Tortura Nunca Mais – São Paulo
e o Movimento Nacional de Direitos Humanos – SP